
CUIDADO! A Aposentadoria Especial para Médicos pode não ser vantajosa!
Olá!! Tudo bom? Meu nome é Cristiane Martins, sou advogada e especialista em direito previdenciário. Minha missão é falar de direito previdenciário de forma simples e descomplicada com o objetivo de te ajudar na busca da melhor aposentadoria.
No post de hoje eu vou te mostrar que a aposentadoria especial para médicos pode não ser vantajosa e também para muitos profissionais que até teriam direito a se aposentar pelas regras das aposentadorias especiais, mas que ao fazer as reflexões que vou te contar aqui, facilmente constatarão que há outras regras mais vantajosas ao seu contexto de vida.
Este conteúdo está disruptivo e arrojado. Então, prepare-se e leia até o final.
Já falei por aqui sobre as profissões que podem ter direito a aposentadoria especial. Também já falei que a aposentadoria especial é uma ótima aposentadoria quando comparada as demais aposentadorias do regime geral de previdência social.
Vou deixar aqui o post sobre aposentadorias especiais para quem ainda não viu.
A aposentadoria especial vale à pena?
A aposentadoria especial, num primeiro momento, parece inclusive ser a melhor opção, se olharmos dentre as demais aposentadorias do INSS. Porém, tem que se ter muita atenção pois quem se aposenta na modalidade de aposentadoria especial, para começar a receber a aposentadoria, tem que comprovar que deixou de exercer a atividade que lhe deu direito a aposentadoria especial.
Isso porque o benefício da aposentadoria especial se dá em razão de se tratar de uma atividade nociva a saúde.
Então não faria sentido ter esse benefício e permanecer na atividade insalubre, concorda?
Sendo assim, imaginemos um médico que, exercendo sua atividade, recebe em torno de R$ 70.000,00, R$ 80.000,00 ou R$ 100.000,00 por mês, por exemplo. Por óbvio, não valeria a pena para este profissional aposentar-se ainda que fosse com o teto da previdência social.
O teto hoje, na data deste post 04/04/2023 é R$ 7.507,49.
Financeiramente não compensaria se aposentar e deixar de exercer sua atividade. Mas então, este profissional não deve se aposentar pelo INSS? Deve esquecer o INSS e deixar de lado este assunto?
Isso é o que muitos médicos, na correria do dia-a-dia acabam fazendo?
Mas você já ouviu falar que o saber liberta e que o conhecimento te permite a tomada das melhores decisões?
Então, o correto neste caso, é tirar um tempinho, parar, pensar e planejar.
Obrigatoriedade da contribuição
A verdade é que no sistema brasileiro, não é possível “deixar de lado” o INSS.
Isso porque as contribuições ao regime geral da previdência social são compulsórias. Isso mesmo, são obrigatórias.
Então mesmo que não se tenha a intenção de se aposentar pelo INSS, todo aquele que exerce atividade remunerada, está obrigado a realizar as contribuições a este regime previdenciário.
Então, porque não aproveitar esses valores em seu favor e da melhor forma possível? Se você não pensar sobre isso, certamente, estará perdendo dinheiro que poderia estar sendo melhor investido.
Mas afinal, o que fazer?
E qual seria a melhor forma possível diante deste cenário mencionado?
Neste exemplo que falei aqui, este profissional que poderia ter direito a aposentadoria especial, mas que neste caso, teria que deixar de exercer a profissão, o melhor é abrir mão da aposentadoria especial e aproveitar-se das regras da aposentadoria comum, onde é possível converter o tempo especial exercido como médico em tempo comum e requerer a aposentadoria por tempo de contribuição comum.
O valor do benefício, na maioria dos casos, acaba sim sendo menor do que na aposentadoria especial, porém o profissional passa a receber desde logo, um valor da previdência que pode ser utilizado para investimentos e complementação futura da aposentadoria quando este efetivamente tiver que deixar as atividades, por razões de idade ou outro motivo.
Mas, enquanto isso não acontece, ele se mantém na atividade que lhe gera uma renda mais expressiva, acumulando a aposentadoria do INSS com os rendimentos da sua atividade.
Essa escolha só cabe ao profissional e acreditem, o que temos visto aqui no escritório é que, por desconhecimento, muitos médicos preferem não pensar no assunto, adiar a aposentadoria, para um dia quem sabe, se aposentar pela especial.
Com isso acabam adiando por 5, 10, as vezes 15 anos a sua aposentadoria.
Quando poderiam aposentar com um valor menor, continuar exercendo sua profissão e acumular o valor recebido de aposentadoria em um investimento que no futuro poderia lhe dar um rendimento maior que o da própria aposentadoria especial, por exemplo.
Sempre vale à pena abrir mão da aposentadoria especial?
Eu seria irresponsável ao fazer essa afirmação, pois sempre vai depender do contexto de cada médico ou de cada profissional, do momento de vida, da idade, de sua energia de trabalho e também do perfil de cada um.
Mas quando se coloca esta realidade em um sistema de cálculo os resultados são surpreendentes e muito reveladores.
Por tudo isso, deixo aqui o convite para que você assista o vídeo sobre planejamento previdenciário, basta clicar aqui para assistir
O planejamento permite visualizar a sua realidade previdenciária. É uma espécie de fotografia do momento presente e, através disso tomar conhecimento das regras atuais e de como tirar o melhor proveito delas.
Lembre-se que o conhecimento liberta e nos permite tomar as melhores decisões.
Vou ficando por aqui, se gostou do conteúdo, deixe o seu comentário abaixo
Um abraço e até o próximo conteúdo!
Para assistir esse conteúdo em vídeo:
Cristiane Martins
Advogada Especialista em Direito Previdenciário e Direito do Trabalho
Proprietária do Escritório Cristiane Martins Advocacia
Instagram @cristianemartinsadvocacia